Arteterapia como método terapêutico para idosos
Entenda como o Cinebate em Gerontologia contribui com a reflexão sobre o envelhecimento
Cuidador familiar, como escolher?
Bilhões de neurônios, o tesouro do corpo humano
Hábitos alimentares que favorecem a Longevidade
- Priorizar pratos tradicionais, para que o idoso se sinta motivado a se alimentar;
- Adaptar técnicas culinárias ao idoso, se necessário corte ou triture o alimento antes de oferecer;
- O prato deve ser visualmente atrativo, com diferentes cores, formas, texturas e aromas;
- Fazer a refeição em um ambiente agradável;
- Experimentar realizar novas formas de preparação, além das já utilizadas;
- Beber água em intervalos regulares;
- Moderar o consumo de sal, açúcar e bebidas alcoólicas;
- Dar um passeio antes da refeição para estimular o apetite, caso este esteja em falta;
- Evitar passar muito tempo na cozinha e preparar refeições que possam ser congeladas;
- Aumentar o uso de ervas e limão, além de diminuir o consumo de enlatados.
O peso da espiritualidade e religião na vida de indivíduos idosos
Quando chegamos à velhice, por ser considerada a última etapa de nossas vidas, de certa forma somos induzidos à reflexão sobre alguns temas que envolvem existência, morte e missão. A religiosidade e espiritualidade nesses casos nos fornece amparo como saída para encontrar as respostas dessas indagações. Ao chegar nessa etapa, algumas pessoas acham necessário fazer um balanço geral da vida, os resultados acabam por indicar um vácuo existencial e a religião e espiritualidade tornam-se mais presentes na vida dessas pessoas com a função de amparo nessa situação.
Atualmente a Organização Mundial de Saúde (OMS) entende que a espiritualidade contribui imensamente para o aumento da qualidade de vida e foi incluída nos âmbitos de domínios que devem ser considerados nas avaliações e na promoção a saúde em todas as idades.
Parkinson`s Boxer: na luta contra a doença de Parkinson!
De todas as práticas e métodos terapêuticos das quais eu já conheci ou ouvi falar para portadores de Doença de Parkinson (DP), confesso que um dos mais interessantes é o programa Rock Steady Boxe. Esse tipo de atividade é fruto da ideia pioneira de um americano que aos 40 anos foi diagnosticado como portador de DP.
- Nível
01: O foco desse modulo é, basicamente, melhorar o nível de condicionamento
físico, desequilíbrio postural e manutenção do
corpo saudável.
- Nível
02: O objetivo desse nível é manter o nível da capacidade
de execução de atividade física, incentivo
a respiração profunda, melhorar a precisão dos
movimentos.
- Nível
03: Já nessa fase o idoso adota um perfil de treinamento mais seguro,
desenvolve melhor seu grau de autoeficácia e autoconfiança. Caso haja
problemas com a balança, os treinadores ensinam técnicas que auxiliam na
perda de peso por meio das atividades, são treinadas também
técnicas de respiração profunda, terapia de voz, e combate ao
comprometimento cognitivo.
- Nível 04: Essa última etapa busca trabalhar flexibilidade, nível de estresse, equilíbrio, autoconhecimento e melhor desempenho da marcha.
Dança Sênior: atividade promotora de bem estar e socialização!
Pesquisadores destacam a capacidade de produzir efeitos preventivos e terapêuticos como, melhora da força muscular, diminuição da rigidez articular, ganho de movimentos coordenados, além da melhora na marcha, postura e equilibro, como já havíamos citado anteriormente. A dança sênior também pode ser desenvolvida por portadores de doença de Parkinson, pois estudos demonstram uma grande melhora na execução das atividades básicas de vida diária que antes apresentavam-se comprometidas.
A dança sênior mostra-se muito promissora como método terapêutico, principalmente na melhora dos aspectos físicos, psicológicos e emocionais. A interação da música, movimentos e convívio social proporcionam a sensação de bem estar, auto estima e equilíbrio emocional. É importante ressaltar que o desenvolvimento de potencialidades e aumento da sensação de auto eficácia colaboram para estimular o interesse do idoso em adotar um papel mais ativo e com maior engajamento nas atividades do cotidiano.
Estudiosos enfatizam que um fator determinante no conceito de velhice bem sucedida não é a preservação de desempenho igual a de jovens, mas a ideia de que para se ter uma boa velhice é necessário preservar o potencial de desenvolvimento do idoso. Claro que devem ser levados em conta os limites individuais estabelecidos por condições de saúde, estilo de vida e etc. Há uma grande relação entre qualidade de vida e a qualidade dos nossos movimentos, quando há uma mudança na percepção cinestésica do indivíduo e na auto imagem, acredita-se que também haja mudanças no comportamento do ser humano.
A elaboração de atividades como a dança sênior estão pautadas na teoria da atividade, um dos pontos chaves dessa teoria é a ideia de que o declínio em atividades físicas e mentais na velhice determina a suscetibilidade à doenças psicológicas em idosos. É essencial colocarmos em questão o papel da interação social como auxiliar na potencialização de autoconceito do idoso, sugerindo que os papeis perdidos no processo de envelhecimento podem e devem substituídos por novos papeis sociais.
A importância do apoio familiar e da intergeracionalidade para a velhice
Durante este complexo fenômeno do processo de envelhecimento passamos por várias experiências únicas que irão determinar as formas de enfrentar os problemas na velhice. Enquanto se vive a idade adulta, pode-se considerar que as pessoas estão cheia de funções, com muitos papéis sociais, podendo considerar até mesmo uma fase de estabilidade. Nesta fase, normalmente, as pessoas se encontram estabilizadas em um emprego, com a família e amigos.
Nesta perspectiva, vemos a importância de um apoio familiar na velhice. Uma família na qual as decisões do idoso é respeitada e colocadas em prática, pode muitas vezes afirmar ao idoso a ideia de pertencimento e de funcionalidade para família e para as gerações mais novas. É importante destacar que essa valorização do idoso para a família e para as gerações mais novas difere culturalmente. Na cultura oriental e em algumas tribos indígenas, a valorização do idoso é fundamental para o desenvolvimento de sua sociedade.
Embora ressaltada a importância do apoio familiar, a globalização vem trazendo mudanças às questões relacionadas ao apoio na velhice também. A mudança da estrutura familiar, com a mulher no mercado de trabalho, deixando de ser a única e exclusiva fonte de cuidado/apoio ao idoso e o acesso fácil a internet, fazendo com que muitas informações sejam obtidas rapidamente sem necessitar da opinião de uma pessoa mais experiente, muitas vezes deixa ao idoso a sensação de exclusão.
O suporte social da família entra como um fator protetor ao idoso, uma vez que pode trazer respostas positivas à saúde, ao ajudar os idosos a encontrar formas de enfrentamento e recuperação de doenças, estresse ou situações conflitantes da vida. Desta forma, o suporte familiar possui influência direta nos aspectos biológicos, psicológicos e sociais dos idosos, principalmente quando funciona como um fator de equilíbrio.
A intergeracionalidade também pode entrar como parte do apoio familiar, considerando que, atualmente, várias gerações estão convivendo na mesma residência. Está sendo cada vez mais comum, a separação de casais, na qual os filhos, agora com netos retornam à casa dos pais. Isso permite que os idosos tenham contato com costumes em vigência, ao conviver com os netos, além de ter a oportunidade de acesso as novas tecnologias e aprender a utilizar as mesmas. Porém, é importante ressaltar que os cuidados da família com o idoso depende fundamentalmente de como o idoso se comportou perante a família ao longo da vida.
Embora sejam estas situações comuns, é preciso conscientizar a população da importância desse tipo de contato com familiares e da prática de ações intergeracionais para a saúde e bem estar dos idosos. Você já pensou como é seu tipo de relação com um idoso próximo? Seria necessária mais atenção e paciência?
Envelhecer superando a visão negativa
Entretanto, assim como muitas especulações levantadas sobre o envelhecimento do cérebro, também isso estava errado. Quando os estudos sobre envelhecimento ganharam força, constatou-se totalmente o inverso. Os pesquisadores descobriram que a partir da meia idade nós passamos a ter uma visão mais tranquila do mundo e a medida que o tempo passa, nossas emoções não só se mantém predominantemente intactas, como são consideradas mais resistentes do que algumas aptidões de outras áreas.
Se questionarmos um idoso sobre como foi o seu dia, é bem provável que ele diga,"Ah, foi bom"; E se você perguntar se lhe aconteceu algo ruim, é bem provável que ele responda, "Não". Já com os mais jovens, é possível observar o contrário. Eles tendem a dizer, "Ah tive um dia péssimo, tive uma briga com meus pais".
Não é que os mais jovens não vejam o lado positivo dos acontecimentos, é que, com eles, a reação negativa está mais alerta. Com o passar do tempo nós não ficamos cansados das coisas ruins e simplesmente as isolamos. A responsável por este comportamento chama-se amígdala. Nós temos uma em cada hemisfério do cérebro, elas tem esse nome decorrente da sua forma e tamanho.
Então, como funciona a nossa amígdala durante o processo do envelhecimento? Cientistas do Instituto de Tecnológico de Massachusetts (MIT) descobriram que com o passar dos anos, de maneira linear, nossas amígdalas reagem menos a eventos negativos. Alguns experimentos expondo imagens negativas e positivas foram realizados com idosos, afim de confirmar tais resultados, porém o lado positivo predominou. O estudo constatou que nosso cérebro, de forma automática e pré-consciente passa a acentuar as impressões positivas e eliminar as negativas.
Cartilha para acessibilidade ambiental
É uma cartilha muito interessante, com ótimo conteúdo e fácil leitura. Nos foi enviada pela Luiza Pagnelli, graduada em Terapia Ocupacional e mestranda no Programa de Pós Graduação da UFSCar.
É um material gratuito elaborado no Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com apoio do CNPq. Tem como base vários estudos e experiências na área da Gerontologia.
Objetivo: evitar fatores de risco nas residências de idosos e torná-las mais acessíveis.
Para isso, são apresentadas algumas orientações e sugestões que podem deixar o ambiente mais seguro e funcional no dia a dia.
As autoras, Luiza Paganelli e Maria Luisa Emmel, que se identificaram com a importância do tema, esperam contribuir para um envelhecimento cada vez mais saudável e com boa qualidade de vida.
Aproveitem e compartilhem!
Email para contato: paganelli.luiza@gmail.com
A cartilha está disponível no link:https://docs.google.com/file/d/0B9mhHSP06dVBU2VmZGtyaUw0RmM/edit?pli=1
Créditos do texto de apresentação à fanpage Geronto em Ação
Exercícios físicos na velhice: promotor de prazer, saúde e bem estar.
A prática de exercícios físicos na velhice, a adoção de um estilo de vida "ativo" auxilia na manutenção da capacidade funcional, autonomia física e diversos outros aspectos que devem ser preservados durante o ciclo de vida.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, define o exercício físico como uma sequência sistematizada de movimentos de diferentes segmentos corporais, executados de forma planejada e com um determinado objetivo a ser atingido.
Quando falamos em idosos, o indicado é que sejam escolhidos exercícios físicos que proporcionem prazer ao indivíduo, dessa forma a atividade torna-se significativa e inibe a possibilidade do idoso sentir-se desestimulado com o passar do tempo.
Devemos ainda ser criteriosos e consultar um especialista antes de escolher o tipo de exercício, com a finalidade de prevenir riscos de lesões e outras complicações, ao considerar que os movimentos, no caso de alguns idosos, poderão ser limitados.
Os exercícios mais indicados e considerados por muito tempo os mais adequados à população na faixa etária superior as 60 anos são os aeróbicos, o que perdurou na crença de que somente estes poderiam ser benéficos ao idoso, principalmente quando os idosos eram portadores de várias doenças.
Algumas pesquisas recentes têm mostrado os benefícios da realização de treinamento com pesos para a reabilitação, profilaxia, redução da incapacidade física em pessoas idosas. É importante que diversas formas de exercícios físicos sejam incluídas como possibilidade de prática por idosos, permitindo assim a obtenção de objetivos mais amplos, como o desenvolvimento da capacidade funcional e motora por exemplo.
Hoje a ciência reconhece que a redução da força muscular é um dos principais fatores relacionados a queda entre idosos. Sabemos que a possibilidade de traumas e fraturas durante a realização de atividades diárias podem gerar não somente comprometimento físico, mas também traz consigo sérias consequências emocionais, hoje conhecidas com "síndrome pós-queda".
Torna-se então necessária a realização de ações preventivas com a finalidade de diminuir fatores de risco para as quedas. Podemos, a partir desse problema, destacar a importância da musculação, uma vez que se trata de um treinamento muito eficiente para aumentar a força muscular, densidade óssea e flexibilidade, mesmo naqueles idosos mais longevos, adaptando aos limites e peculiaridades de cada um.
Especialistas acreditam que diversos benefícios são adquiridos com a prática de exercícios físicos e entre eles estão:
- Melhora o equilíbrio;
- Resistência óssea e muscular:
- Efeito preventivo e terapêutico em ralação ao Diabetes e a Hipertensão Arterial ;
- Postura, marcha e flexibilidade;
- Prevenção à doenças cardiovasculares;
- Respiração e circulação sanguínea;
- Proporciona auto-estima;
- Alongamento;
- Natação;
- Dança;
- Caminhada;
- Musculação;
- Pedalar;
Úlceras por pressão
A úlcera por pressão ou "escara", como os leigos denominam, é um tipo de lesão causada principalmente nas proeminências ósseas, resultante da constante pressão provocada ao tecido e a pele, impedindo a manutenção de uma boa qualidade de circulação de sangue nessas regiões. Os indivíduos acamados e que possuem alimentação inadequada , nessas condições, estão mais vulneráveis a esse tipo de complicação.
Em hospitais, instituições de longa permanência e outros equipamentos de saúde nos quais são realizadas internações de tratamento a longo prazo, o índice de pacientes com úlcera por pressão é elevado, exigindo dos profissionais de saúde a criação de diversos mecanismos com o intuito de prevenir tais lesões. As estratégias de prevenção vão desde a avaliação nutricional para identificar possíveis deficiências nutricionais, treinamento da equipe para utilização de técnicas e elaboração de protocolos, utilização de equipamentos especiais, como colchão piramidal, placa de hidrocolóide, curativo mepilex e óleos de proteção para pele.
O padrão indicado nos cuidados às pessoas acamadas é que a mudança de decúbito(posição) seja realizada de 2\2 horas e a cada mudança seja realizada massagem de conforto. Esta técnica é indicada para pacientes com pele integra, pois aqueles que já apresentam algum grau de lesão podem ter piora no quadro. É contra indicado também o uso de sacos plásticos na parte de baixo dos lençóis porque esse tipo de prática leva a um aumento de temperatura na região que, consequentemente, gera hiperemia cutânea.
As úlceras por pressão podem ser classificadas em até 4 estágios e o que define sua classificação é a forma como ela se apresenta, determinando assim qual será a estratégia de tratamento e os métodos adotados para solução do problema.
O processo de cicatrização ocorre a longo prazo e exige que haja dedicação integral nos cuidados. É necessário que os familiares estejam cientes de como se dará o tratamento, para que sejam compreensivos com a equipe profissional. Outro ponto relevante é que comumente os pacientes apresentam algum dano psicológico ou impacto na auto-estima.
Bom, espero que tenhamos abordado de forma bem simples esse tema, para que seja entendido a importância de prevenir esse tipo de lesão e evitar que outros tipo de complicações oportunas venham se apresentar diante do quadro. Lembre-se que caso você possua um familiar que esteja acamado ou em situação de repouso absoluto por um longo período, é necessário o acompanhamento profissional para que os riscos sejam avaliados e as orientações necessárias sejam realizadas.
Polifarmácia e o risco de iatrogenia em idosos
Vamos refletir sobre a polifarmácia. Quais os riscos essa prática gera para saúde e porque ela ocorre.
Alguns autores descrevem iatrogenia como uma complicação que ocorre decorrente da piora no tratamento de um paciente, devido aos efeitos de alguns medicamentos prescritos, quando o prescritor ignora a associação com outras drogas (interações e suas reações) impactam negativamente no organismo.
Outro ponto fundamental é a automedicação, que consiste na decisão de medicar-se a si mesmo por vontade própria e sem o acompanhamento de profissionais que orientem sobre a possibilidade de reações adversas causadas pela ingestão da substância.
O objetivo não consiste a responsabilizar os médicos, mas refletir sobre o processo de prevenção e complicações causadas dentro desse contexto como função de todos os profissionais do campo da saúde.
As mais frequentes são:
- Doenças Cardiovasculares;
- Osteoarticulares;
- Diabetes;
- Hipertensão;
- Doenças do Aparelho Respiratório;
Quem é o cuidador de idosos?
Quem são os profissionais que atualmente prestam cuidados aos idosos que necessitam de alguma forma de auxílio?