Quando tensão, insônia e angústia são
relatadas com frequência, é possível que esteja ocorrendo o estado emocional
que definimos como ansiedade. Se houver manifestações
biológicas observadas na perspectiva de um quadro clínico, que são descritas
frequentemente na literatura médica como taquicardia, irritação da pele, dor,
tremor, hiperventilação, sensação de afogamento, sufocamento, sudorese,
investiga-se transtorno de ansiedade.
Por meio de pesquisa
realizada por cientistas brasileiros em (2016) foi possível constatar que
o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é comum entre
idosos, acometendo cerca de 22% da população, com prevalência em indivíduos de
baixa escolaridade. A Gerontologia
alerta para o risco de desenvolvimento da depressão em meio ao
cenário de vulnerabilidade do idoso.
Considerando às
informações que foram destacadas nos parágrafos anteriores, devemos refletir
sobre os aspectos e possibilidades que envolvem intervenções de cuidado. Sendo
assim, é fundamental aceitar ajuda e modificar comportamentos ou hábitos que
vão prejudicar a sua saúde. Nossa equipe vai recomendar algumas estratégias que são
excelentes aliadas no combate a ansiedade.
É importante
enfatizar que a ordem das estratégias não define a importância em relação a outra,
se associadas apresentam maior possibilidade de sucesso.
-
Atividade física
Inserir exercícios e
alongamentos na sua rotina proporciona bem estar físico e mental, muitos são os
estudos que enfatizam a produção de endorfina (hormônio) que promove
relaxamento e redução do estresse. Se houver limitação e/ou dificuldades, mesmo
que para realização de alongamentos, é indicado o acompanhamento do educador
físico ou fisioterapeuta.
- Alimentação
saudável
Os alimentos escolhidos para compor
refeições que serão consumidas ao longo do dia são fundamentais para suprir as
necessidades metabólicas do seu organismo, produzir nutrientes e hormônios que
atuam na prevenção da fraqueza, indisposição e cansaço. Dessa forma é indicado
optar por frutas, verduras, legumes e ingredientes que favorecem a ingestão de
vitaminas. A nutricionista ou nutrólogo podem aprofundar as intervenções nesse
sentido.
-
Psicoterapia, arteterapia, musicoterapia, acupuntura e outras práticas
integrativas
Tem sido observada de maneira positiva
os resultados obtidos através das práticas integrativas, em especial as que
possuem metodologias científicas, como exemplo, musicoterapia. O SUS (Sistema
único de Saúde) oferece 19 práticas disponíveis para a população, vamos
disponibilizar a tabela no link abaixo.
- Apoio
familiar
É extremamente
valioso na rede de apoio e devemos compartilhar experiências em todos os
estágios do ciclo de vida no meio familiar. Não abandone princípios e valores
que compõe sua essência, pratique o autoconhecimento demonstrando respeito as
demais gerações, o apoio familiar reduz exposição para vulnerabilidade social.
Se estiver confusa (o), indecisa (o), organize suas ideias, faça planejamento
de vida para o futuro, busque extrair motivação das relações.
- Terapia
medicamentosa
Sempre busco abordar
com cuidado a questão de medicamentos, devo alertar para que não realizem
automedicação ou busquem seguir conselhos de pessoas que relatam sucesso no
tratamento por meio de drogas que não possuem orientação médica. É possível abordar
em matéria somente para este assunto, visto que há vastidão de referências na
literatura que apontam os riscos da polifarmácia.
- Novas
tarefas, aprendizagem e resiliência
O isolamento social é
um fator de risco muito perigoso, avalie o distanciamento e questões que
prejudicam sua comunicação para diminuir as barreiras que prejudique o
relacionamento coletivo. Considere inserir aprendizagem de um novo idioma ou adquirir
destreza com instrumentos musicais, valorize seus planos para o futuro. Barbara
Strauch publicou o best-seller "O Melhor Cérebro da sua
Vida" e demonstrou de forma didática que sabedoria não se
desenvolve de modo automático. As dificuldades e eventos do cotidiano
proporcionam ganho de resiliência ao longo dos anos.
Referências:
1. MANUAL DE TERAPIAS OFERECIDAS PELO SUS
2. Barreto & Fermoselli. Prevalência de ansiedade e depressão em
idosos de baixa escolaridade em Maceió/AL. Rev. Psic., Saúde &
Doenças vol.18 no.3 Lisboa dez. 2017
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