Pneumonia em idosos, um problema cada vez maior.

     Nessa época do ano, é muito importante conversarmos sobre um problema cada vez mais frequente não só entre idosos, mas também em pessoas de qualquer faixa etária, a pneumonia. O que você sabe sobre essa doença? Tudo bem, normalmente não costuma-se buscar informações a respeito desse tipo de complicação, até que se esteja frente a uma.

        A pneumonia pode ser caracterizada como a inflamação dos pulmões e é causada principalmente por bactérias, fungos ou vírus, na linguagem técnica, chamados de agentes infecciosos. No grupo de doenças que lideram o ranking das internações hospitalares, a pneumonia encontra-se no topo. Entre os idosos é a quarta causa principal de hospitalização. Em 2010 o Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde divulgou que em decorrência da enfermidade 43 mil  idosos foram a óbito no Brasil. Devido a esse dado alarmante, o ministério da saúde reforçou a campanha nacional de vacinação contra a gripe em nosso país.

       É  a doença mais prevalente entre idosos, não porque o indivíduo tende a ficar doente nessa fase da vida, mas sim por sua condição de vulnerabilidade e fragilidade que os tornam mais suscetíveis a doença. Nosso organismo tende a sofrer alterações em seu funcionamento com o passar dos anos e o sistema imunológico acompanha essas mudanças. Por isso é extremamente importante que você fique atento a como evitar esse tipo de doença e quais providências deve tomar caso note algum sinal ou sintoma. 


  
Os sintomas mais comuns são:
  • Tosse com secreção (podendo não haver sangue);
  • Febre alta;
  • Calafrios;
  • Falta de ar;
  • Dor torácica durante a respiração;

       O diagnóstico é basicamente realizado de forma simples, o médico deverá considerar a história clínica do paciente. Essas informações são coletadas através de diálogo com o próprio paciente e com familiares, exame clínico e raio-x. O tratamento é baseado no uso de antibióticos, mas vale a pena lembrar que nessa situação o plano terapêutico é realizado de acordo com o agente causador, ou seja, não é indicado o uso desses medicamentos sem recomendação médica. 
  
         As dicas de prevenção não são complicadas, vejam só: 
  • Lavar as mãos;
  • Evitar ambientes frios e úmidos sem proteção adequada;
  • Higiene oral;
  • Controle de outras doenças pré-existentes;
  • Em pacientes acamados ou com repouso prolongado, posicionar o indivíduo e o leito de forma correta, evitar uso de colchões de água, mantê-lo bem agasalhado e realizar a mudança de decúbito;
        Para os idosos, a vacina contra a gripe pode ajudar a reduzir o risco de pneumonia em cerca de 60%, e o risco de hospitalização e morte em 50% a 68%. Por isso não deixe de tomar a vacina no posto de saúde mais próximo a sua residência e ir até um proto socorro ou comunicar seu médico caso sinta a presença sintomática da doença, evitando assim o seu agravo. Lembre-se também de não tomar medicamento por conta própria, as práticas caseiras de tratamento podem ser uma saída, mas antes discuta com seu médico essa possibilidade.

Crise da meia-idade: verdade ou mito?

  Nesse artigo será abordado um assunto que gera curiosidade para homens e mulheres que encontram-se na faixa etária entre os 40 e 60 anos. A crise da meia-idade, é uma verdade ou um mito? Para responder essa questão, precisamos falar sobre alguns pontos importantes na criação dessa teoria.

  O pesquisador canadense Ellitott Jaques, idealizador do termo, realizou uma pesquisa no ano de 1965, na qual os participantes eram pintores que tiveram seu comportamento avaliado por um determinado período. O cientista observou que os artistas modificavam o estilo ao chegarem em um ponto intermediário do ciclo de vida e, em determinado momento alguns passavam até a utilizar tons mais sombrios em suas pinturas. Para Jaques, com o passar dos anos os artistas tornavam-se mais maduros e desenvolviam uma consciência crescente da mortalidade, acompanhada principalmente de um sentimento profundo de depressão e perda. 

  A teoria da "Crise da meia idade" começou a ganhar força, não somente pelo estudo realizado por Dr. Jaques, mas também por outros pesquisadores da época reforçarem à ideia de que, na meia idade, homens perdem vitalidade e que esse fato implica diretamente sobre seu ego e afeta a percepção de juventude. Ainda hoje é comum observarmos pessoas que, embora não estejam em processo de morte, nem sofrendo um grande declínio das funções biológicas, encaram as transformações decorrentes do envelhecimento como uma ameaça fundamental.

  Nesta perspectiva, acreditava-se que por volta dos 47 anos de idade, a maioria dos homens entravam em um período de conflito interior do seu próprio "eu" com o mundo externo. A fase da meia idade, dependendo do ponto de vista, pode ser interpretada como um momento de crise. Vários aspectos da vida são questionados, tanto por homens como pelas mulheres, horrorizando a realidade que vem a se apresentar, principalmente pelas ameaças, perda de funções e mudanças no papel social. Este evento acaba desencadeando uma série de atitudes como, recriminações a si mesmo e aos outros no seu círculo de relacionamento.

  Atualmente as pesquisas gerontológicas acabaram com o mito da crise da meia idade e com a ideia de que nessa fase intermediária da vida iremos passar por uma crise previsível. Estudos científicos evidenciaram uma imagem do envelhecimento em um aspecto geral e pontualmente da meia idade muito oposta daquela difundida anteriormente. Pesquisadores norte-americanos acompanharam 8 mil indivíduos há mais de 10 anos em um estudo que avaliava o Desenvolvimento Bem-sucedido na Meia-idade e garantiram que não existe qualquer prova empírica ou evidência científica de que a chegada da meia-idade signifique um período de crise. Apenas 5% da população observada, relatou algum tipo de trauma na meia-idade, e se tratava, de modo geral, de pessoas que haviam sofrido eventos ao longo de toda a vida. 

 Rebatendo a Teoria da crise da meia idade, os pesquisadores identificaram que os indivíduos entre os 35 e 65 anos de idade e, em particular, entre os 40 e os 60 anos, relataram um maior sentimento de bem-estar. As mulheres demonstraram ter descoberto que a menopausa não é o mar de tristeza e suores que lhes haviam retratado, mas sim um alívio. Grande parte apresentou uma melhora na sensação de produtividade e empenho nas atividades significativas, além da percepção de aumento do auto-controle. 

 Como gerontólogo, devo reconhecer que  muitas pessoas estão inclinadas a tensão e ansiedade, mas podem enfrentar essa tensão e sentir-se bem, uma vez que os eventos estressantes do cotidiano acabam promovendo resiliência e dissernimento, contribuindo para o aumento da percepção de auto-confiança.  

  Espero que vocês tenham gostado do conteúdo abordado, quem tiver interesse em conversar um pouco mais sobre esse e outros temas, comente  abaixo do artigo. Independente da idade em que você esteja, nunca é tarde para realizar seus projetos pessoais, o passar dos anos nos traz experiências para lidar com os problemas do cotidiano.