05 passos do Lifelong learning como estratégia para Longevidade



 Durante muitas décadas, em um período nem tão distante do qual vivemos hoje, pesquisadores norte-americanos (1993) demonstravam que a deterioração cognitiva de indivíduos mais longevos representava diminuição de (12,2%) da sua capacidade. Em 2002 a pesquisa foi repetida, verificou-se que houve diminuição da taxa de deterioração (8,7%) nos mais longevos. Estas análises foram possíveis por meio da aplicação de testes psicométricos. 

 Pessoas com 74 anos, avaliadas hoje, tem melhores resultados do que às avaliadas 16 anos antes. É cada vez mais comum observarmos profissionais atuantes em suas áreas, com idade suficiente para aposentadoria, mas que são ativos no desenvolvimento das relações e trocas de experiências com outras gerações. 

 Com pessoas cada vez mais conectadas em um mundo globalizado, há necessidade de transformação constante do conhecimento, possibilitando aprendizado e versatilidade para quem envelhece, independente da rede que estão inseridas. 

 Lifelong learning pode ser definida como uma cultura de aprendizado contínuo, pode ser fomentada no ambiente pessoal ou profissional, em ambas modalidades, existe geração de resultados individuais ou coletivos. Observa-se o crescimento e engajamento de pessoas em relação aos seus propósitos ou objetivos. As engrenagens fundamentais desse mecanismo são às experiências capazes de desenvolver novas habilidades. 

 Observa-se que a junção entre habilidades técnicas e inteligência emocional fertiliza as carreiras mais prosperas. O desenvolvimento dessas capacidades promove neuroplasticidade e autoconfiança, fatores que implicam na sensação bem estar e realização. 

A estrutura de aprendizado para toda vida é fundamentada em 05 pilares: 

1. Mentalidade de crescimento: às crenças influenciam nossas capacidades, ter mentalidade fixa poder ser destruidor, às avaliações são vistas como feedback´s positivos, mudanças e transformações são constantes e aceleradas, busca-se alinhar a mentalidade com novos paradigmas e ambientes. 

2. Mente aberta: pessoas têm uma tendência a buscar semelhança com grupos que possuem habilidades semelhantes, muitas vezes criando bolhas de relacionamentos e autoavaliações negativas. Ter mente aberta é valorizar experiências de forma respeitosa. 

3. Curiosidade intelectual: possuir desejo de aprender, expandindo a busca pelo saber, como julgar a qualidade das informações e conexões. 

4. Humildade intelectual, reconhecer suas lacunas, limitações e deficiências, construir uma visão mais apurada de si, desenvolver aprendizagem por meio das interações e autoconhecimento. 

5. Protagonismo na aprendizagem: reunir diversas capacidades de autoavaliação, alinhar motivação e personalização da aprendizagem, cultivo de hábitos positivos, disciplina de concluir suas iniciativas, extrair o máximo de suas relações pessoais, compartilhar conhecimento, sair da rotina e permitir novos desafios. 

   Pessoas idosas são um importante recurso para sua comunidade, família e economia. Sobretudo pela sua história de vida, são capazes de adquirir resiliência frente as situações que exigem discernimento para sua resolução. O envelhecimento ativo pode ser facilitado com o aprimoramento da filosofia de aprendizado contínuo ao longo da vida. 

   Para finalizarmos a exposição desse tema, recomendo que você observe o ambiente e pessoas com que se relaciona de forma direta ou indireta. Como você colabora com o desenvolvimento do aprendizado e novas habilidades? Há oportunidades e clima estimulante para mentalidade de crescimento? 

 Referências:
 
1.   Cavanaugh, J. C. Adult development and aging. California: Wadsworth, 1993. 
2.   Field, John. Lifelong Learning and the New Educational Order. London, 2000.